Mais que uma profissão, um ato de amor ao próximo

A fisioterapia entrou como que por acaso na minha vida. Tudo começou quando eu ainda estava no 2° grau do ensino médio quando vinha a difícil questão: "O que vou fazer?" muitas das minhas amigas já sabiam o que queriam, mas eu só tinha uma certeza, a área de saúde. Foi a partir daí que uma amiga citou a Fisioterapia, de primeira me identifiquei, mas alguns obstáculos vinheram à tona. Bem, eu sou do interior (São Felipe), e a fisioterapia lá não era tão conheçida como é hoje, minha mãe não gostou, então pensei em tentar o que ela tanto queria pra mim, Odontologia, já que eu não tinha tanta certeza.
Foi tudo muito difícil, de uma maneira muito rápida, tive que me separar dos meus pais, da minha casa, dos meus amigos, enfim dos meus hábitos para vim morar sozinha numa cidade grande onde eu não conheçia ninguém. Começei fazendo cursinho e prestando vestibular para Odontologia, mas desistir porque não conseguir viver distante das pessoas que mais amo, e não tinha estímulo para fazer o que eu não gostava. Ao voltar pro interior pensei, "a vida é mesmo difícil, não vou poder viver na vida dos meus pais, preciso lutar por mim e por eles, afinal, eles já fazem muito por mim, preciso recompensá-los". Então abriram-se inscrições pra um vestibular em Feira de Santana, era minha oportunidade de fazer Fisioterapia e morar mais próxima da minha família, fui aprovada, fiz 1 semestre e foi o suficiente para me apaixonar, mas nem tudo ocorreu bem, a vida em Feira era ainda mais difícil, voltei para Salvador sabendo o que queria e logo tratei de não perder tempo, fiz o vestibular na FIB e fui aprovada, a partir daí tudo na minha vida mudou, meus pais passaram a me apoiar, fui fazendo amigos, e me apaixonando cada vez mais pela minha profissão.
Bem, hoje estou no 7° semestre, e comparado ao 1° estou cheia de conheçimentos, mas consciente que ainda tenho muito o que aprender.
Ajudar ao próximo sempre me fez muito bem, e na fisioterapia vejo o quanto isto é importante, reabilitar com as mãos, com o toque. Assim como no início ainda tenho muitas dúvidas mas agora minha dúvida é qual área seguir, já me identifiquei com algumas áreas como Dermatofuncional, Neurologia, Geriatria, Ortopedia. Passei por 2 estágios extra curriculares na área de Ortopedia e agora estou me ralizando em Dermatofuncional, acredito que com as experiências dos estágios curriculares saberei o que seguir.
Quanto ao mercado de trabalho sei que está muito difícil, ainda mais se tratando de 1° emprego, mas acredito que para um bom profissional sempre há uma porta a se abrir, o importante é fazer o que gosta e se dedicar, e isto eu tenho certeza que estou fazendo, estou me dedicando ao máximo para devolver funcionalidades ao próximo, e isto pra mim não tem preço. Ao terminar minha graduação pretendo fazer Pós, e quem sabe mestrado, quero sempre está aprimorando meus conheçimentos. Não tenho medo de enfrentar novos desafios, se eu tiver que trabalhar em outros locais eu irei, porque tudo na vida vale como experiência.

Ak finalizo meu blog, foi muito difícil escrever sabendo que será aberto para leitores, mas espero que minha história sirva de alguma forma para vocês.

Abraços

Jamine Sampaio